Esses números são somente aqueles relatados diretamente ao Uber, porque muitas vezes as vítimas procuram a polícia, sem reportar o caso à empresa de transporte. Além disso, o sistema da companhia, aparentemente, coloca esse tipo de queixa na lista quando as palavras “assédio/agressão sexual” e “estupro” estão no assunto da reclamação.

A empresa se defendeu alegando que, no período, somente cinco dos casos de estupro e 170 de assédio sexual divulgados foram confirmados. Em uma carta pública, o Uber informou que tem uma equipe que trabalha para aumentar a segurança dos passageiros, além de fornecer recursos como rastreamento por GPS e possibilidade de compartilhar a rota em tempo real com parentes e amigos para evitar problemas.
“Infelizmente, nenhum meio de transporte é 100% seguro hoje. Acidentes e incidentes acontecem. É por isso que estamos trabalhando para construir uma equipe de apoio ao cliente que possa lidar com problemas quando eles ocorrem”, comunicou a empresa.
O Uber ainda informou que a plataforma seleciona uma palavra-chave, então se um passageiro ou motorista se chamar “Don Draper”, por exemplo, a reclamação é considerada como de agressão sexual, já que “Rape” é estuprar em inglês. Isso, segundo a empresa, gera falsos positivos que precisam ser analisados caso a caso.
Apesar de significativos, é difícil colocar os números em perspectiva uma vez que as empresas de táxi também não informam quantas são as queixas dos passageiros. Independente disso, as informações levantam preocupações sobre o procedimento de verificação de antecedentes dos motoristas aceitos pela empresa.
Em 2014, o Uber enfrentou uma ação judicial que questionava como era a verificação e atualmente foi levado à justiça por outras duas vítimas que alegam que “negligência, fraude e declarações enganosas” por parte da empresa estão causando tais incidentes.
Via BuzzFeed e The Verge
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