Dilma diz que jamais renunciará e que impeachment sem crime é golpe
A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta terça-feira (22) que não renunciará ao cargo e que o processo de impeachment em curso no Congresso é uma tentativa de golpe porque ela não cometeu crime de responsabilidade. "Não cabem meias palavras. O que está em curso é um golpe contra a democracia. Jamais renunciarei."
Dilma disse que a tentativa de derrubá-la é tramada nos "porões da baixa política". "Eu preferia não viver esse momento, mas que fique claro que me sobram disposição e respeito à democracia para enfrentar a conjuração que ameaça a estabilidade democrática do país."
As afirmações foram feitas em discurso no Palácio do Planalto, em Brasília, durante encontro com juristas que criticaram o processo de impeachment e a divulgação de gravações telefônicas da presidente interceptadas pela operação Lava Jato.
"Denuncio aqui a estratégia do 'quanto pior melhor' que parte das oposições inconformadas assumiu desde o início do meu segundo mandato inconformada com o resultado as eleições [de 20014]", disse a presidente. Dilma declarou que a estratégia de seus opositores é antirrepublicana e antidemocrática e consiste na tramitação de pautas bombas no Congresso e na alegação de "motivos falsos e inconsistentes" para tirar seu mandato.
"Todos sabemos que nossa constituição prevê impeachment como instrumento para afastar o presidente desde que haja crime de responsabilidade claramente demonstrado", afirmou Dilma. "Não cometi nenhum crime previsto na Constituição para justificar a interrupção de meu mandato. Condenar alguém por crime que não cometeu é a maior injustiça que se pode cometer. Já fui vítima de injustiça durante a ditadura e lutarei para não ser vítima de novo, em plena na democracia".
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